domingo, 22 de abril de 2007

Coleta Seletiva

A coleta seletiva no Bairro Moinhos de Vento foi intensificada para dois dias por semana: segundas e sextas-feiras, às 7h30min.
Cadastre o seu condomínio para que o lixeiro entre em contato com o zelador, recolhendo o lixo dentro do prédio e evitando que este vá para a calçada.

Mande o seu nome e endereço para o e-mail: reciclamoinhos@gmail.com

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Recicla Moinhos


OBJETIVOS: O que queremos

Contribuir para:
1. conscientização para a coleta seletiva no Bairro Moinhos de Vento (aspectos ambientais e sociais)
2. redução do impacto ambiental negativo decorrente da não separação do lixo
3. redução do impacto ambiental negativo decorrente da cata de lixo informal (destinação inadequada de resíduos)
4. destinação adequada de resíduos: orgânico (aterro sanitário, compostagem, suinocultura) e seco (Unidades de Triagem de lixo)
5. inclusão sócio-cultural através da geração de renda, trabalho e educação em Unidades de Triagem
6. organização e formalização da coleta de lixo no Bairro Moinhos de Vento
7. redução no trânsito de carrinhos e carroças nas ruas
8. limpeza das ruas e calçadas
9. aumento da segurança nas ruas do Bairro
10. redução da exploração de animais envolvidos na coleta de lixo informal (principalmente cavalos)

METODOLOGIA: Como faremos

1. criação de uma logomarca;
2. criação de um projeto escrito;
3. criação de espaços para divulgação das ações do projeto;
4. lançamento do projeto à comunidade, possíveis parceiros, apoiadores da iniciativa;
5. distribuição de materiais didáticos com relação à separação e coleta seletiva do lixo;
6. realização de eventos e palestras sobre a questão do lixo, seu impacto ambiental e social;
7. estabelecimento de parceria junto ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), visando a intensificação da coleta seletiva no Bairro, gradualmente, de uma à três vezes por semana e o encaminhamento correto dos resíduos;
8. encaminhamento do lixo seco gerado às Unidades de Triagem, aumentando significativamente a geração de renda, capacidade de absorção de novos trabalhadores; conseqüente contribuição para educação e cultura das crianças e jovens das famílias que ali trabalham.
9. possibilidade de encaminhamento dos trabalhadores da cata de lixo informal às Unidades de Triagem;
10. com a decorrente diminuição do trânsito de carroças;
11. com a decorrente diminuição do lixo nas ruas.

PARCERIAS / EQUIPE:
Quem fará

1.Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Moinhos de Vento – Moinhos Vive
2.Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU)
3.Universidade de Yôga - Centro de Cultura e Bem-estar Fabiano Gomes
4.Caixa Econômica Federal
5.ONG Moradia e Cidadania
6.Ritz Design

RISCOS: Dificuldades e alternativas

Baixa adesão por parte dos moradores e estabelecimentos comerciais do Bairro (médio risco)

COMUNICAÇÃO
-Cartilha
-Informativo bimestral
-Meios de comunicação (jornais e revistas que tenham
circulação expressiva no Bairro)
-Site do projeto
- Envio de mala direta

AVALIAÇÃO: Monitoramento e avaliação do projeto

- Pesquisa junto aos moradores e estabelecimentos comerciais do bairro, quanto à efetividade da intensificação da coleta seletiva, quanto ao trânsito de carrinhos e carroças no bairro, quanto à limpeza das calçadas.
- Verificação junto ao DMLU quanto ao número de trabalhadores envolvidos na cata de lixo informal e quanto ao aumento de resíduos recebidos por cada Unidade de Triagem.
- Resultado de pesquisa comparativa junto às Unidades de Triagem Aparecida das Águas, Profetas da Ecologia e, em um segundo momento, AREVIPA, com relação ao aumento na geração de renda, bem como benefícios decorrentes.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Relembrando a polêmica das casas da Luciana de Abreu

(Foto: Tânia Meinerz/Arquivo JÁ Editores)
Matéria publicada no jornal :
STJ proíbe demolição das casas da Luciana de Abreu [05 / 01]
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, por quatro votos a um, o recurso impetrado pela construtora Goldsztein contra a liminar que proíbe a demolição das seis casas da rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento. Desde 2003, Ministério Público (MP) e associações de moradores lutam para manter os casarões da década de 30, que não estão gravados no Plano Diretor como patrimônio cultural da cidade e podem ser derrubados para a construção de um edifício de 16 andares.
Com a decisão judicial, o casario só poderá ser demolido após a conclusão da Ação Civil Pública do MP, que verifica o valor histórico, cultural e paisagístico do local. Quando começou a polêmica em torno da destruição das casas, a empresa já havia ganhado licença da Prefeitura para construir o prédio.
Técnicos da Universidade Federal de Santa Maria estão finalizando o laudo que vai determinar se as casas são patrimônio da cidade. Segundo a assessoria técnica do MP, o estudo deve sair em 60 dias.
Para o presidente da Associação de Moradores do Bairro Moinhos de Vento – Moinhos Vive, Raul Agostini, a posição do STF é extremamente importante, pois reconhece que existe a necessidade realmente de salvaguardar e preservar determinadas porções do território, nos bairros. “Está havendo uma saturação e desfiguração de toda cidade, em detrimento da população e favorecendo grupos econômicos. Impermeabiliza o solo e faz uma obra monumental de dezenas de milhões de reais para tentar minimizar essa ação”, diz.
De acordo com o Ministério Público, o prédio número 272 é um palacete característico do Moinhos de Vento, projetado em 1929 pelo arquiteto austríaco Egon Weindörfer, um dos introdutores da arquitetura moderna em Porto Alegre. Os outros cinco casarões geminados, entre os números 242 e 266, são do arquiteto alemão Franz Filsinger, que trabalhou com Theodor Wiedersphan, um dos mais importantes arquitetos da história do Estado.
São residências de 1930, construídas para mestres cervejeiros que vieram da Alemanha trabalhar na Cervejaria Becker – que depois se fundiu com outras cervejarias, dando origem à Continental e mais adiante à Cervejaria Brahma.
Imóveis estão fora das áreas culturais
A ausência das casas da rua Luciana de Abreu dentro das áreas especiais de interesse cultural é uma polêmica desde a época em a gestão petista de João Verle apresentou o trabalho, em abril de 2003.
O estudo foi feito por arquitetos da EPAHC em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Ritter dos Reis. Uma das 80 áreas identificadas, a que abrange a Praça Maurício Cardoso e o entorno, tem os imóveis na divisa.
O arquiteto Júlio Celso Vargas, que participou do trabalho original, reconhece que a área do casario em questão foi incluído originalmente, mas houve preferência para outros locais, que preenchiam mais requisitos. “Esta discussão não se esgota na lei a ser proposta pela Prefeitura. As pessoas podem e devem procurar outras instâncias”, incentivava ele à época.
Disputa já dura mais de três anos
A discussão sobre a preservação das casas da rua Luciana de Abreu já dura mais de três anos. A mobilização de moradores teve início em agosto de 2002, quando começou a circular a notícia de que os imóveis seriam demolidos para dar lugar a um prédio de 16 andares da Goldsztein.
A Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente foi acionada em outubro por associações comunitárias, que já tinham 2 mil assinaturas e um dossiê com casos de demolições recentes. O material deu origem a um inquérito civil, aberto em 15 de outubro de 2002 pelo promotor Fábio Medina Osório, a pedido dos moradores.
Duas semanas depois, o Ministério Público conseguiu suspender a derrubada dos antigos casarões do Moinhos de Vento. Fez um acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV) para sustar por 120 dias as licenças de demolição no bairro. Nesse meio tempo, um laudo técnico apontaria se o casario era ou não patrimônio cultural.
Enquanto isso, o recém criado Moinhos Vive se fortalecia. Em dezembro já eram seis mil assinaturas. As reuniões semanais, no clube Leopoldina Juvenil, reuniam um conselho de 50 pessoas, entre arquitetos, advogados, historiadores, professores universitários, donas de casas e lojistas. O grupo fez caminhadas, recolheu assinaturas e promoveu um “abraço” nas casas.
Sofreu um abalo quando as quatro locatárias que iniciaram o movimento se afastaram depois de um acordo com a construtora. Além da desocupação dos imóveis em janeiro de 2003, o acerto previa o recolhimento de faixas e camisetas que já estavam prontas para levar o movimento às ruas. “Foi um abalo, mas foi bom porque percebemos o tipo de interesse em jogo”, disse uma das líderes na época.
O Moinhos Vive resistiu e liderou outros bairros na revisão do Plano Diretor no ano seguinte. Deu origem à Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Moinhos de Vento, criada em setembro de 2003. As ações continuaram – em julho de 2004, cem pessoas fizeram uma caminhada em defesa das áreas especiais de interesse cultural.
A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente também seguiu firme. Em 6 de fevereiro de 2003, entrou com uma Ação Civil Pública contra a Goldsztein e o Município de Porto Alegre. O texto de 150 páginas, assinado pelos promotores Fábio Medina Osório e Ana Maria Marchesan, sustenta que os imóveis “possuem valor estético, histórico e cultural”. Aponta também a vontade da comunidade – abaixo-assinado com 6 mil assinaturas – para manter o casario.
Cita ainda a Constituição, indicando que a comunidade deve participar da preservação do patrimônio cultural em conjunto com o poder público e que a atuação da população tem legitimidade para identificar o que tem valor cultural, estético e afetivo, o que pode ser “superior a dezenas de laudos técnicos plenos de erudição, mas vazios de sensibilidade”.
O MP pediu liminar para impedir a demolição dos imóveis, solicitou a suspensão do projeto de construção e a preservação e recuperação das casas, estabelecendo multa de R$ 20 mil ao dia para um eventual descumprimento da determinação. Queria, ainda, que o Município protegesse os imóveis através de inventário ou tombamento, e sugeria uma multa de R$ 5 milhões, caso se fizessem alterações irreversíveis nos imóveis.
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Matéria completa aqui:
Os outros cinco casarões geminados, entre os números 242 e 266, são de coautoria entre os arquitetos germânicos Theodor Wiedersphan e Franz Filsinger.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Origem do Movimento Moinhos Vive

Com a aprovação do novo plano diretor de Porto Alegre, em 1999, seus reflexos foram sentidos pesadamente no bairro Moinhos de Vento. Em apenas 1 ano e meio foram aprovados 37 projetos de edifícios somente no Moinhos.

Essa especulação imobiliária fez com que os moradores e freqüentadores do bairro adquirissem consciência de que algo havia mudado. O Moinhos de Vento vinha perdendo sua identidade, seus casarões vinham desaparecendo e, em lugar deles, surgiam espigões, sem falar da densificação, dos impactos sobre a infra-estruturada existente como a viária , drenagem urbana,entre outras, modificando o perfil do bairro e suas características, aumentando desnecessariamente sua densidade populacional.

Essa insatisfação propiciou o surgimento do movimento popular Moinhos Vive, em 2002, defendendo a preservação ambiental, arquitetônica, histórica e cultural do bairro. Foi um movimento pioneiro, pois além de lutar pela preservação defendia intransigentemente a qualidade de vida de seus moradores.

Em setembro de 2003 foi fundada a Associação do Bairro Moinhos de Vento, dando prosseguimento a mesma linha de trabalho do Movimento Moinhos Vive.