quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Audiência Pública - 6 de agosto!

No próximo dia 6 de agosto ocorrerá uma Audiência Pública para debater o Projeto Pontal do Estaleiro. Será na Câmara de Vereadores de Porto Alegre às 19h.

Como diz a Sandra Jussara, da AGAPAN, no email que enviou:

A aprovação deste projeto, assim como está posto, dará início a privatização do orla do Lago Guaíba! VAMOS DEIXAR QUE ISTO ACONTEÇA? Nossa participação é de suma importância neste evento!
Um fraterno e comunitário abraço,
Sandra.

Anote:
Dia 6 de agosto, quarta-feira, 19h.
Local: Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal (Av. Loureiro da Silva, nº 255, 2º andar).

Leia aqui, as discordâncias de entidades ambientalistas e de moradores a respeito do projeto:
Arquiteto lamenta proposta para o Pontal do Estaleiro

Um comentário:

Moinhos Vive disse...

A proposta do Projeto Pontal do Estaleiro, beneficia uns poucos privilegiados que terão condições financeiras de ocupar o espaço em questão, mesmo que se proponha áreas abertas de uso público, junto ao referido empreendimento, estas com certeza, não serão ocupadas pela comunidade Portoalegrense como um todo. O empreendimento é privado e acaba se apropriando do espaço público, promovendo desta forma segregação social.
Quando o terreno foi adquirido, se conhecia suas limitações de edificações e atividades, portanto é inadmissível a alteração da lei para benefeciar o empreendedor e uma pequena parcela da população, prejudicando nossa cidade.
Até se entende a mobilização da empresa detentora desta área, responsável pela implantação do complexo Pontal do Estaleiro na Zona Sul de Porto Alegre, que busca maximizar o lucro do negócio, mas, surpreende à população Portoalegrense, a facilidade e a rapidez com que alguns membros do poder executivo e legislativo municipal estão aderindo a proposta do empreendedor para alterar a Lei Complementar 470/2002.
O poder executivo deveria investir em projetos de longo prazo para a Orla, discutindo amplamente com a população e não com o segmento econômico que representa a exploração imobiliária. Deve implantar com recursos próprios a plena urbanização da Orla. Apesar de tardia e ainda incompleta, não se pode mais dizer que a cidade está de costas para o Guaíba. Ela está em lenta mudança e a população Portoalegrense já pode usufruir diariamente, desde a Usina do Gasômetro até a Ponta do Melo, em suas caminhadas, em suas rodas de mate e bicicletas.
A Orla deve ser respeitada como patrimônio natural, paisagístico, cultural e histórico da comunidade portoalegrense. Além do mais, a Orla no seu exame para revitalização não deve ser encarada isoladamente e, neste sentido, devemos respeitá-la com a noção adequada de revitalização por meio de parques, jardins, equipamentos de lazer, ciclovias, marinas e como espaço aberto para uso de toda a população.
A lei orgânica de nossa cidade estabelece no artigo 126: “Os interesses da iniciativa privada não podem se sobrepor aos interesses da coletividade”. Por sua vez, o artigo 127 deixa claro que “os planos que expressam a política de desenvolvimento econômico do município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, etc...”.
Para finalizar, as ruas e avenidas de nossa capital não suportam mais a demanda das torres de concreto que as asfixiam. Não precisamos copiar o caos de Camboriu ou de Copacabana. Isto é pura insanidade urbana.
O mundo contemporâneo, exige cidades habitáveis, com qualidade de vida. Sua sobrevivência depende unicamente da capacidade dos cidadãos descobrirem algum valor que não seja o econômico para justificar a vida em aglomeração.