segunda-feira, 17 de agosto de 2009

No dia 23, vote NÃO!

Acesse os vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=x5pLSjmikDE
http://www.youtube.com/watch?v=6ES79OfSKsw

Nestor Ibrahim Nadruz, arquiteto e Urbanista, membro da AGAPAN, 2º Coordenador do Forum das Entidades da Câmara, escreve apontando as razões para votar NÃO na consulta que será realizada em Porto Alegre, dia 23 de agosto, acerca da construção de prédios na Orla do Guaíba:“A polêmica sobre edificações pretendidas na Orla do Guaíba, onde se destaca o “Pontal do Estaleiro”, na Ponta do Melo, tem as seguintes razões oriundas de pessoas de nossa sociedade, o que nos leva as seguintes considerações:

1 - A negativa de ocupação da Orla do Guaiba por edificações, manifestada por muita gente terá que ser legitimada com a presença das pessoas aos locais de votação e assim quebrar a intenção dos especuladores imobiliários, de sua avidez pelo lucro;
2 -Comenta-se que, como os investidores desistiram dos blocos residenciais, o expediente processual em andamento no municipio, devia ser arquivado, pois a desistência pública foi formalizada pelos interessados;
3 -Como a Prefeitura insiste em manter sobrevida num assunto liquidado, em termos de mudança de rumo, ela está revelando teimosia inexplicável, e sem justificativa anunciada;
4 -Ouve-se também que, como as razões legais foram amplamente divulgadas por ambientalistas, urbanistas e técnicos da qualidade do prof. Rualdo Menegat (em uma entrevista feita ao Jornal do Comércio), em momento algum houve esclarecimento pelo Poder Público da citação destes documentos legais pertinentes;
5 -A Consulta Popular traz à Comunidade a seguinte pergunta: “Além da atividade comercial - já autorizada - também devem ser permitidas edificações residenciais, na área da Orla do Guaiba, onde se localiza o antigo Estaleiro Só?”Observe-se um dado aqui: ao suprimir o sinal de interrogação desta pergunta, ela vira proposta afirmativa. Coincidência? Também, no bojo da pergunta, insinua-se que a atividade comercial está autorizada. Que falácia! Sabe-se por acaso qual o tipo de construção comercial está autorizada e qual sua altura final? O sr. vice prefeito disse, por sua vez, nos jornais que a altura dos prédios comerciais será a mesma, (por acaso são os 13 ou 14 andares, vistos em propaganda de marketing, para um projeto que ainda não existe e não se sabe como será sua elaboração?). Deve ser consultada a Lei Orgânica primeiro. Outrossim, poderiamos ter uma pergunta mais expressiva e curta como: Qual sua posição quanto a edificações residenciais na Orla? É O QUE SE QUER SABER. Além disso a pergunta poderá induzir de maneira subliminar a que toda a Orla do Guaíba possa receber edificações. Os menos avisados poderão entender assim. Isto porque nossa lingua portuguesa é muito rica, pois um assunto pontual pode conduzir a conceitos genéricos, “democraticamente”.

Em nosso entender, como a Sociedade está jogada para ser confundida, temos que alertá-la de cuidar de seus interesses de cidadania e votar, no dia 23 de agosto consciente de dizer NÃO, e salvar sua paisagem gratuita para todos que sonhamos ter ali um PARQUE. A Prefeitura que pare de ser usurária e dar benesses aos poderosos e exigir deles obrigações difíceis de cumprir, quando não esquecidas.

Posted in: José Fogaça, Pontal do Estaleiro, Porto Alegre.
Fonte: Blog RS Urgente
Disseminado por: Movimento em defesa da Orla

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