O Moinhos VIVE, vem trazer ao seu conhecimento fatos que estão colocando a perigo um vasto patrimônio cultural de Porto Alegre, necessitando imediatas providências quanto a sua preservação.
A população constata a fragilidade dos instrumentos de proteção ao Patrimônio Cultural, verificando que a avidez da especulação imobiliária está alterando e substituindo os remanescentes casarios, que datam de períodos compreendidos entre a década de 20 e meados dos anos 40, quando se edificaram diferentes estilos arquitetônicos, entre os quais, proto-moderno, moderno, art déco, eclético e californiano.
Para piorar a situação, o Executivo Municipal propôs graves alterações das Áreas Especiais de Interesse Cultural, que, se forem aprovadas pela Câmara Municipal de Porto Alegre, trarão liberação total para novos espigões no miolo do bairro Moinhos de Vento, destruindo por completo, todos os relevantes valores históricos, culturais e paisagísticos. Em face disto, outras conseqüências advirão pela maior densidade populacional, tais como, o aumento do número de veículos, trazendo consigo a poluição sonora e do ar e a degradação ambiental, descaracterizando este bairro por completo, e por conseqüência, fazendo desaparecer nossa região mais charmosa, símbolo de referência de nossa capital.
Em 12/05/1996 o Jornalista Historiador Décio Freitas emitiu um artigo que define a “ dramática transformação ” que se passa na região do Moinhos de Vento, quando cita a evidente degradação urbana, comparando este bairro com o Centro Histórico de Porto Alegre, em face da substituição das habitações unifamiliares por empreendimentos verticais de até 20 pavimentos, prevendo que será um “ desastre tratar o Moinhos de Vento com a mesma sórdida negligência que transformou o velho Centro em uma porcaria urbana “.
Apesar de serem questionados os interesses em jogo, foram adotados critérios equivocados, arbitrários e não atenderam nem a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, pois passaram por cima das reivindicações da população, que exigem a preservação das características atuais.
A comunidade perplexa com a decisão do Executivo Municipal deduz pelos fatos apresentados até agora, que há um acordo explícito de interesses entre duas partes, de um lado os empreendedores / incorporadores, que apresentaram um programa orquestrado para atender a sua exploração comercial e do outro, o governo, ávido em aumentar a sua arrecadação de impostos, e, como resultado, demolir com o bairro, sepultando seu patrimônio cultural.
A Associação de Moradores do bairro Moinhos de Vento, vem solicitando há 01 (um) ano uma audiência com o prefeito José Fogaça, todas sem resposta.
Isto é democracia?
Porque o Executivo não quer abrir diálogo com a comunidade?
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