Nesta segunda-feira, dia 25, ocorreu uma reunião uma reunião sobre assuntos de Segurança Pública e Consepro na Associação Leopoldina Juvenil.
Promovida pela Associação Moinhos Vive, vários representantes de Movimentos e Associações de Moradores de Porto Alegre debateram os problemas que a população enfrenta com a crescente violência e criminalidade em nossa cidade.
Também estiveram presentes os majores Aroldo Medina e Marlo Ur representando a Brigada Militar, o chefe de Polícia Pedro Rodrigues e o presidente da Feconsepro, Jovino Demari.
Foi agendada nova reunião para a próxima semana, em local a ser definido, para tratar objetivamente do interesse na criação do Consepro em Porto Alegre e especialmente qual seria sua atuação, pois alguns presentes demonstraram sua contrariedade em mais uma vez apenas "passar o chapéu" para suprir necessidades materiais dos órgãos de segurança, o que é atribuição e obrigação do estado.
4 comentários:
Verifico que a Moinhos Vive é contra o Projeto Pontal do Estaleiro, investimento privado em área privada que vai tornar público o acesso a orla naquela região e interligar o acesso da cidade ao lago. Isso faz lembrar as pessoas que eram contra a inauguração da Av. Beira Rio.
Carlos, não subestime nossa inteligência. Sabemos muito bem ler o que está nas "entrelinhas" do projeto. Cabe a cada um fazer a leitura correta do que está dito. A classe média não é tão alienada, como muitos imaginam. Parabéns ao Moinhos Vive por tornar pública essa posição!
Faltou dizer que não sou membro dessa Associação, apesar de acompanhar seu digno trabalho pelo bairro e seus residentes.
A proposta do Projeto Pontal do Estaleiro, beneficia uns poucos privilegiados que terão condições financeiras de ocupar o espaço em questão, mesmo que se proponha áreas abertas de uso público, junto ao referido empreendimento, estas com certeza, não serão ocupadas pela comunidade Portoalegrense como um todo. O empreendimento é privado e acaba se apropriando do espaço público, promovendo desta forma segregação social.
Quando o terreno foi adquirido, se conhecia suas limitações de edificações e atividades, portanto é inadmissível a alteração da lei para benefeciar o empreendedor e uma pequena parcela da população, prejudicando nossa cidade.
Até se entende a mobilização da empresa detentora desta área, responsável pela implantação do complexo Pontal do Estaleiro na Zona Sul de Porto Alegre, que busca maximizar o lucro do negócio, mas, surpreende à população Portoalegrense, a facilidade e a rapidez com que alguns membros do poder executivo e legislativo municipal estão aderindo a proposta do empreendedor para alterar a Lei Complementar 470/2002.
O poder executivo deveria investir em projetos de longo prazo para a Orla, discutindo amplamente com a população e não com o segmento econômico que representa a exploração imobiliária. Deve implantar com recursos próprios a plena urbanização da Orla. Apesar de tardia e ainda incompleta, não se pode mais dizer que a cidade está de costas para o Guaíba. Ela está em lenta mudança e a população Portoalegrense já pode usufruir diariamente, desde a Usina do Gasômetro até a Ponta do Melo, em suas caminhadas, em suas rodas de mate e bicicletas.
A Orla deve ser respeitada como patrimônio natural, paisagístico, cultural e histórico da comunidade portoalegrense. Além do mais, a Orla no seu exame para revitalização não deve ser encarada isoladamente e, neste sentido, devemos respeitá-la com a noção adequada de revitalização por meio de parques, jardins, equipamentos de lazer, ciclovias, marinas e como espaço aberto para uso de toda a população.
A lei orgânica de nossa cidade estabelece no artigo 126: “Os interesses da iniciativa privada não podem se sobrepor aos interesses da coletividade”. Por sua vez, o artigo 127 deixa claro que “os planos que expressam a política de desenvolvimento econômico do município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, etc...”.
Para finalizar, as ruas e avenidas de nossa capital não suportam mais a demanda das torres de concreto que as asfixiam. Não precisamos copiar o caos de Camboriu ou de Copacabana. Isto é pura insanidade urbana.
O mundo contemporâneo, exige cidades habitáveis, com qualidade de vida. Sua sobrevivência depende unicamente da capacidade dos cidadãos descobrirem algum valor que não seja o econômico para justificar a vida em aglomeração.
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