Fruto das proposições estabelecidas na Convenção Europeia da
Paisagem, o tema das paisagens culturais coloca-se na atualidade como uma forma
inovadora de conceber a proteção e a gestão do patrimônio cultural.
Em primeiro lugar porque permite superar a dicotomia até
hoje presente na atuação dos órgãos públicos de preservação, no que diz
respeito ao tratamento entre o patrimônio material e imaterial, entre o natural
e o cultural, entendendo-os como um conjunto no qual os seus diferentes
significados se articulam num todo vivo e dinâmico.
Por outro lado, a forma como têm sido desenvolvidas as
primeiras experiências na esfera pública patrimonial em território nacional
mostra outra faceta igualmente interessante na atuação em paisagem cultural: a
compreensão de que a proteção e a gestão deste patrimônio devem ser feitas com
a participação das populações moradoras, por meio do envolvimento e da
valorização dos saberes locais.
Quem destrói arquitetura de valor patrimonial é um inimigo
de sua cidade e de seu país e prejudica a comunidade, pois as obras de arte
públicas não foram criadas para esse ou aquele indivíduo, e aquilo que elas
encarnam enquanto obras de arte ... recordações ou qualquer outro sentimento, é
um patrimônio ... Ter consciência disso deve ser uma obrigação de toda a pessoa
culta - Max Dvorák e Paulo Bicca.
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