Mais que os casarões em si, o que mexe com as pessoas e mexeu, é o descaso da institucionalidade com respeito aos interesses e opiniões dos cidadãos, a anti-cidadania cada vez mais impositiva em Porto Alegre.
E certamente, a revolta pessoal contra a Arquitetura (?) mercantilista atual, que não respeita ambiência nem convivência, nem a sensação de aconchego que é o bem mais ambicionado pelos defensores de seus bairros em todo o mundo.
Chega de espigões! Temos fartão!
Chega de esbulho da luz, do espaço e da ventilação de todos nós. O PDDU de 1979, o melhor que esta cidade já teve (ah tempos de liderança da FAURGS e daqueles professores geniais da UFRGS), e que relacionava licenças construtivas com gabaritos de rua, estabelecendo relações matemáticas entre eles.
Hoje, basta pagar, que se constrói um Empire State Building num beco de favela. É só querer.
Tania Jamardo Faillace
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